segunda-feira, 9 de maio de 2016

 «Espólio Funerário da Quinta da Água Branca (Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia, Lisboa)» em Imagens da História de Portugal, Publicações Alfa

« (...) Este conjunto arqueológico foi encontrado em 1906 numa cista de inumação individual da Quinta da Água Branca, do lugar de Brea, freguesia de Santa Maria de Lobelhe, concelho de Vila Nova de Cerveira, no vale do Minho, e publicado por José Fortes na revista Portugália. Formado por um largo punhal de lingueta de cobre e objectos de ouro, que incluem dois aros, duas espirais e um diadema de uma peça única feita de uma lâmina rectangular emoldurada com motivo geométrico de ziguezague contínuo e com alinhamentos periféricos de pequenas punções, que são artefactos característicos da Idade do Bronze Inicial também representada na região por outros achados sobretudo da sepultura de São Bento de Balugães e da necrópole de Chã de Arefe (Durrães, Barcelos), ambas situadas no vale do Neiva. O teor geral do espólio referenciado, incluindo a presença de objectos de ouro em ricas sepulturas individuais, pode considerar-se a expressão local e regional de um fenómeno contemporâneo e generalizado pela Europa Ocidental que assistiu ao aparecimento de uma nova ordem social marcada por uma forte diferenciação de estatuto conexa com a formação de grupos culturais e independentes adstritos a focos determinados de actividade metalúrgica e entre si correlacionados por uma série de contactos na área atlântica que serão cada vez mais intensos no decurso da Idade do Bronzeop. cit. José Hermano Saraiva em Imagens da História de Portugal


Atualmente no Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa, Portugal
Veja-se sobretudo em http://www.museuarqueologia.pt/?a=3&x=3&i=43

Paralelismo internacional europeu:

http://samlinger.natmus.dk/DO/2289

http://samlinger.natmus.dk/DO/887